Um Pouco de Tudo...

14 outubro 2011

O sábio e o pássaro


Conta-se que certa vez, um homem muito maldoso resolveu pregar uma peça em um mestre, famoso por sua sabedoria.

Preparou uma armadilha infalível, como somente os maus podem conceber.

Tomou de um pássaro e o segurou nas mãos, imaginando que iria até o idoso e experiente mestre, formulando-lhe a seguinte pergunta: "mestre, o passarinho que trago nas mãos está vivo ou morto?"

Naturalmente, se o mestre respondesse que estava vivo, ele o esmagaria em sua mão, mostrando o pequeno cadáver. Se a resposta fosse que o pássaro estava morto, ele abriria as mãos, libertando-o e permitindo que voasse, ganhando as alturas.

Qualquer que fosse a resposta, ele incorreria em erro aos olhos de todos que assistissem a cena.

Assim pensou. Assim fez.

Quando vários discípulos se encontravam ao redor do venerando senhor, ele se aproximou e formulou a pergunta fatal.

O sábio olhou profundamente o homem em seus olhos. Parecia desejar examinar o mais escondido de sua alma, depois respondeu, calmo e seguro: "o destino desse pássaro, meu filho, está em suas mãos."
A história pode nos sugerir vários aspectos. Podemos analisar a maldade humana, que não vacila em esmagar inocentes para alcançar os seus objetivos.

Podemos meditar na excelência da sabedoria, que se sobrepõe a qualquer ardil dos desonestos. Mas podemos sobretudo falar a respeito da destinação humana, ainda tão mal compreendida.

Normalmente, tudo se atribui a Deus, à Sua vontade: as doenças, a miséria, a ignorância, a desgraça...

Ora, se Deus é de infinito amor e bondade, conforme nos revelou Jesus, como conceber que Ele seja o promotor do infortúnio?

A vida nos é dada por Deus mas a qualidade de vida é fruto das ações humanas.

Deus nos Ama como Somos.



Contam que um afamado negociante de camelos havia perdido um de seus animais. Ao sair em seu encalço, encontrou um viajante do deserto, ao que logo lhe perguntou: Acaso o senhor não teria visto meu camelo por aqui? Ele fugiu e ando à sua procura!

Ao que prontamente o viageiro lhe respondeu: Não seria um camelo manco, sem um dente em cima, carregado com um odre de mel e cego do olho esquerdo? Este mesmo, respondeu o aflito dono do camelo. Onde ele está? Perguntou.

Eu não sei onde está agora, na verdade nunca o vi. Sei que ele era manco porque suas pegadas na areia do deserto eram de um camelo que mancava. Vi que ele tinha um dente faltando em cima, pois percebi falhas nas raízes que mordeu. Sei que ele carregava mel, pois a presença das abelhas do deserto denuncia isto. E também sei que ele era cego do olho esquerdo, pois suas pegadas tendiam mais para o lado direito.  Não estive sequer perto do seu camelo, mas sei exatamente como ele é!

Este conto do deserto me faz lembrar o Deus que nós servimos. Antes, quando vivíamos longe dEle, apesar da distância que insistíamos em manter, Deus não nos ignorava. Nossas aflições e debilidades não Lhe eram encobertas, mesmo nós evitando a Sua Presença. Vivíamos longe do Senhor, mas Ele sabia quem éramos. Andávamos como aquele camelo, fugitivos do nosso verdadeiro dono, Aquele que nos comprou que pagou o nosso preço, Deus que em Jesus Cristo veio até nós, para nos encontrar!
Ele não se importa com nossas deformações e nossos defeitos, Ele nos ama como somos.

Idas e vindas.

 "Da velhice sempre invejei o adormecer no meio da conversa. Esse descer de pálpebra não é nem idade nem cansaço. Fazer da palavra um e...


"E que fique muito bem explicado. Não faço força para ser entendida. Quem faz sentido é soldado..."