Um Pouco de Tudo...

14 julho 2013

Nossas melancolias se abraçam, se entrelaçam, se ultrapassam, passam. Se fundem como dois horizontes que esqueceram de acontecer distantes. Se entregam ao crepúsculo e esperam, ansiosas, pelo próximo alvorecer. Projetam presenças num futuro próximo, porque o (nosso) abraço já existe antes de nós, antes dos nós. Sós, dentro de um sossego despretensioso que inaugura no próximo fôlego, um jeito novo de morar. E se o mesmo futuro se repetir tanto dentro da gente, é só porque estamos seguindo em frente. É só porque vamos juntos, pra sempre.

Priscila Rôde
Se você perder sua beleza, se você perder sua voz, se você perder os seus talentos, mas se você não se perder de si mesmo, você não vai morrer na solidão. Porque enquanto sobrar aquilo que você é, e você tiver de fato conquistado alguém a partir daquilo que você é, você sempre terá alguém do seu lado."

 Pe. Fábio de Melo
Você pensou que eu estava à toa, pequena dentro da lágrima, como antes. Mas eu não estava líquida, corrente. Eu não estava disposta. Não estava vulnerável, à mercê de um encantamento. Aquele descontentamento foi só uma nuvem que se desfez por dentro. Foi só uma lembrança temendo os toques mais ásperos, antiternuras e abraços inconsistentes. Então chovi perto de você. Perto. Perdoe-me pela influência desse meu deslize. Perdoe-me pelo choro que não deu lugar à palavra mais íntima. Pranto, às vezes, só destranca o momento, não nos devolve pro pensamento.  

Priscila Rôde
Tudo é incerto, a começar pela data da nossa morte. Incerto é nosso destino, pois, por mais que façamos escolhas, elas só se mostrarão acertadas ou desastrosas lá adiante, na hora do balanço final. Incertos são nossos amores, e por isso é tão importante sentir-se bem mesmo estando só. Enfim, incerta é a vida e tudo o que ela comporta. Somos aprendizes, somos novatos, mas beneficiários de uma dádiva: nascemos. Tivemos a chance de existir. De nos relacionar. De fazer tentativas. O sentido disso tudo? Fazer parte. Simplesmente fazer parte."

 Martha Medeiros.

Carpas, tubarões e golfinhos vivem nas mesmas águas…
As carpas, com medo da escassez e de serem agredidas, vivem isoladas, escondidas nos cantos.
Não se organizam, não se comunicam, não se auxiliam.
Muitas vezes, morrem pela escassez.
Vivem amedrontadas e infelizes.
Para elas, golfinhos e tubarões são a mesma coisa.
Os tubarões andam desordenadamente por todas as águas.
Abocanham tudo o que vêem pela frente, às vezes até pedaços de navio ou mesmo, de um outro tubarão que foi ferido.
Não são cooperativos, não se comunicam, não se organizam.
Apesar de não se apavorarem, são covardes e facilmente atingidos.
Morrem, muitas vezes, pelo excesso de “qualquer coisa” que ingerem desmesuradamente.
Passam suas vidas agressivos, desequilibrados e insatisfeitos.
Para eles, carpas e golfinhos são a mesma coisa.
Os golfinhos ocupam todas as águas com graça, alegria e vida.
Comem somente quando têm fome e só os peixes pequenos.
São organizados, cooperativos e se comunicam o tempo todo.
São amáveis, sábios e inteligentes.
Somente atacam para defesa própria.
São necessários apenas cinco golfinhos para se defenderem de noventa tubarões.
Ao se verem ameaçados, se organizam de uma forma que, um grupo distrai alguns tubarões, enquanto um dos golfinhos dá um bote certeiro no peito de um tubarão que, por ter respiração frágil morre.
Ou então, mordem um tubarão que sangra e logo começa a ser devorado pelos outros tubarões.
Com isso, os golfinhos podem escapar.
Vivem uma vida longa, saudável e feliz. Para eles, carpas e tubarões são
completamente diferentes.

( Extraido da net)

Idas e vindas.

 "Da velhice sempre invejei o adormecer no meio da conversa. Esse descer de pálpebra não é nem idade nem cansaço. Fazer da palavra um e...


"E que fique muito bem explicado. Não faço força para ser entendida. Quem faz sentido é soldado..."