Um Pouco de Tudo...

19 agosto 2011

Dor...

O pior tapa não é o da mão mais suja. Não é o que parte da mão mais rude.
O pior tapa, o que deixa marcas indeléveis em nossa pele.
É o que vem da mão que mais confiamos.

Sai da Minha Aba.



Sai pra lá, se manca
Vê se me esquece
Não aguento mais
Já estou com estresse
Se dou a mão
Quer logo o pé
Isso me aborrece
Sai pra lá bicão
Sai pra lá mané
Vê se desaparece
É toda a hora
Meu cumpadre
Quebra o galho aí
É um qualquer
Emprestado
Sempre a me pedir
Se tô bebendo
Uma cerveja
Bebe no meu copo
Se acendo um cigarro
Quer fumar pra mim
Chego no pagode
Quer entrar comigo
Se ganho uma garota
Tenta me atrasar
Fica me marcando
Pra não ter perigo
De perder
Minha carona
Quando eu me mandar
Da minha aba
Da minha aba
Da minha aba
Sai da minha aba
Sai pra lá
Sem essa
De não poder me ver
Sai da minha aba
Sai pra lá
Não aturo mais você

A Inveja.


A tragédia da inveja é tornar a vingança impossível porque quem inveja é algoz de si mesmo. Energia que não se volatiliza. Fica ali, como uma aura negra sobre a cabeça. Os invejosos são ratos raivosos roendo as próprias unhas, morcegos viciados na bile negra da morbidez. O invejoso tem dependência química da inveja, por isso a maldição de invejar não passa nunca. Mesmo quando realizam seus grandes sonhos, ainda assim invejam os pequenos sonhos dos outros.
Não há vida mais terrível que a dos invejosos. São atormentados não pelo que desejam ser e não conseguem, mas pelo que os outros são ou não são. Deu pra entender? E não vivem de bem com a vida com o fel no lugar da adrenalina. São ciumentos de amizades e cobradores de afeições. Há em suas almas uma necessidade neurótica de ser contra. Sempre. Num desespero sem sossego. Porque tudo nos outros incomoda. Tudo, tudo. A glória de ser ou a miséria de não ser. Tanto faz.
A maldição da inveja é sua capacidade de dominar pela semelhança e, sobretudo, de não se deixar notar. Só pelos outros. Aqueles, os invejados. E é estranha porque é uma forma pervertida de admirar. Não há nada capaz de fazer um invejoso feliz. Nada. Mas ele sabe que a inveja sempre escapa. Do silêncio dos olhos; do riso falso; dos gestos e das palavras. Mas, é bom ter cuidado com os invejosos. São bichos de hábitos noturnos porque a inveja é como a noite: não tem quem pegue.


Idas e vindas.

 "Da velhice sempre invejei o adormecer no meio da conversa. Esse descer de pálpebra não é nem idade nem cansaço. Fazer da palavra um e...


"E que fique muito bem explicado. Não faço força para ser entendida. Quem faz sentido é soldado..."