Um Pouco de Tudo...

01 agosto 2012

ACHAVA QUE NÃO PODIA SER MAGOADA


Achava que não podia ser magoada;
achava que com certeza era imune ao sofrimento
 imune às dores do espírito ou à agonia.
Meu mundo tinha o calor do sol de abril
Meus pensamentos, salpicados de verde e ouro.
Minha alma em êxtase, ainda assim
conheceu a dor suave e aguda que só o prazer pode conter.
Minha alma planava sobre as gaivotas
que, ofegantes, tão alto se lançando,
lá no topo pareciam roçar suas asas
farfalhantes no teto azul do céu.
Como é frágil o coração humano
um latejar, um frêmito
um frágil, luzente instrumento
de cristal que chora ou canta.
Então de súbito meu mundo escureceu
E as trevas encobriram minha alegria.
Restou uma ausência triste e doída
Onde mãos sem cuidado tocaram e destruíram
minha teia prateada de felicidade.
As mãos estacaram, atônitas.
Mãos que me amavam, choraram ao ver
os destroços do meu firmamento.
(Como é frágil o coração humano
espelhado poço de pensamentos.
Tão profundo e trêmulo instrumento
de vidro, que canta ou chora.)

Sylvia Plath

Idas e vindas.

 "Da velhice sempre invejei o adormecer no meio da conversa. Esse descer de pálpebra não é nem idade nem cansaço. Fazer da palavra um e...


"E que fique muito bem explicado. Não faço força para ser entendida. Quem faz sentido é soldado..."