Um Pouco de Tudo...

30 maio 2013

"Quem nunca viu o dia cinzento numa manhã de sol raiante? Quem de nós não quis correr daqui para algum lugar muito distante? Um lugar sem início, sem fim, onde apenas o “meio” acontecesse, um tempo de agora. Um espaço preenchido, que parasse de contra correr. Um tempo de nunca mais ir embora. Mas quando sinto que até os anjos se entristecem, fogem-me as palavras. Ontem fomos, hoje somos, amanhã seremos e, depois não mais. Não mais aqui… Aqui, onde voa o tempo, onde correm os homens, atrás de…ad infinitum querer. Quem de nós dois, simples mortais? Atrás de “coisas” para ter o quê? Se olhassem pra dentro, menos precisariam. Buracos vazados igual peneira. Fome que não cessa diante de um banquete. Sede, sede…até na praia morrer. Mas, ainda nos resta a alma. Esta é perene, esta és tu! Disfarçada de arcanja, ninfa, esfinge, neste mundo oco e crú. E quando chegar a hora derradeira, de nascermos ou acordarmos em um mundo que comporte tu e eu, finalmente, uma certeza…Fora daqui, não há cor, nem vida. Ninguém vive sem um dia cinzento. Em um dia assim, até os anjos ficam sem ação. Feliz mesmo, é um reles mortal como eu, que se enamora ad infinitum da ilusão."



Marinez Full 

Idas e vindas.

 "Da velhice sempre invejei o adormecer no meio da conversa. Esse descer de pálpebra não é nem idade nem cansaço. Fazer da palavra um e...


"E que fique muito bem explicado. Não faço força para ser entendida. Quem faz sentido é soldado..."