Um Pouco de Tudo...

18 maio 2012

Meias Palavras.



Não gosto de meias-palavras, de gente morna, nem de amar em silêncio.
Aprendi que palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força.
E força não há de faltar porque aqui dentro eu carrego o meu mundo.
Sou menina levada, sou criança crescida com contas para pagar.
E mesmo pequena, não deixo de crescer.
Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas.
Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu…
Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói,
choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança.
Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O.
Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura.
Quer me entender? Não precisa. Quer me fazer feliz?
Me dê um chocolate, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou,
uma mentira bonita pra me fazer sonhar.
Não importa.
Todo dia é dia de ser criança e criança não liga pra preço,
pra laço de fita e cartão com relevo.
Criança gosta mesmo é de beijo, abraço e surpresa!
(E eu – como boa criança que sou – quero mais é rasgar o pacote!)

Fernanda Mello

Idas e vindas.

 "Da velhice sempre invejei o adormecer no meio da conversa. Esse descer de pálpebra não é nem idade nem cansaço. Fazer da palavra um e...


"E que fique muito bem explicado. Não faço força para ser entendida. Quem faz sentido é soldado..."